Cautela e Caldos de Galinha...

Regressamos hoje à discussão sobre o desperdício com cautela e caldos de galinha...

Comecemos o ciclo sobre caldos. Esperançosamente, iremos ao longo do processo receber a contribuição de outros cozinheiros. Por agora, fiquemo-nos com uma breve sugestão que resultou dos desperdícios do jantar que há pouco preparei.


Na tábua, encontramos legumes para sopa e para um gratinado: abóbora, courgete, cebola, cenoura, batata doce, bróculos e pouco mais. É certo que para sopa usamos praticamente toda a parte do legume; de igual modo, para os vegetais que assaremos no forno. Mas há sempre excedentes: casca de cebola, abóbora, batata doce e beterraba; algumas lascas dos talos de bróculos (normalmente, raspo-os levemente para remover as partes fibrosas). O meu filho estava a comer uma maçã durante o processo... acrescentemos o caroço. A doçura da maçã vai aligeirar o sabor terroso da beterraba.


Juntamos água e os temperos que desejarmos. Neste caso, alguns grãos de pimenta preta e sementes de cebola. Sugiro que não acrescentem sal. Terão mais margem de manobra para utilizarem o caldo. De resto, o sódio presente em muitos vegetais - neste caso particular, os bróculos são fiéis representantes - acaba por ajudar a temperar.


Deixamos ferver o tempo que acharmos necessário, sabendo que o equilíbrio reside nesta equação: quanto mais reduzir, mais concentrado e saboroso ficará o caldo. Mas quanto mais energia gastarmos, menos sustentáveis iremos ser - e esta é sempre uma preocupação para quem trabalha com excedentes e desperdício.



No final do processo, coem e obtêm um rico caldo - este ficou rosado, com leve sugestão de terra e doçura residual. Poderemos utilizá-lo de diversas maneiras. Se não tiverem ideias para já, guardem-no do frigorífico; aguenta-se por algum tempo.

Nos próximos dias, espero publicar algumas ideias a propósito do seu uso. Até lá... boas experiências!

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